As Quatro Estações em Aguim – 4

O Recobro da Primavera

A chuva a atormentar as folhas da laranjeira, e dentro de casa a ideia que o mundo é diferente. Um conforto de mantas e escalfetas e a ausência do vento; só a chuva impotente de encontro às vidraças. O Inverno acaba por passar para os corpos. Os pés e as mãos a escaldarem em frente do lume e um frio cá dentro ainda. O rádio a crepitar estalidos com uma música de piano lá no fundo, tão no fundo, que parecem dois mundos também, o dos ruídos e o da música.

A minha mãe de termómetro na mão a ler o tamanho da minha gripe. O meu pai à porta à espera de ler nos olhos dela o que ela lê no tubinho de vidro. E depois eu a ler nos olhos dele o que ele leu nos dela. A minha mãe sacode a minha gripe do tubinho. Sacode, sacode e olha desanimada para o meu pai.

– 39!

– 39?!

– 39.

Esta casa é tão alegre quando não chove. Na sala os retratos de antepassados defuntos não me tiram os olhos de cima, mas quando não chove nascem flores no cachepô da mesa.

Agora a chuva lá fora a criar bolor nas paredes cá dentro, a humidade a desenhar figuras nas paredes.

Olhando de certa maneira:

– Um cão, mãe.

De outra:

– Uma pomba.

– É a febre meu filho.

 

Devia faltar pouco para o Carnaval, porque lá fora, alguém usava um funil de almude como megafone para lançar pulhas ao namorado de uma vizinha, enquanto um coro ao lado uivava a cada provocação:

– É verdade! É verdade!

E na sala, os defuntos pendurados nas paredes sem tirarem os olhos de mim.

Muitos anos mais tarde haveria de substituir os retratos todos por telas sujas de tinta com títulos inteligentes para serem tomados por obras de arte. E a minha mãe dividida entre a saudade dos olhos dos defuntos e o afecto pelas minhas manchas de tinta.

Mas nessa altura, ainda, os olhos da minha bisavó, pendurada na parede acima da cómoda, a olharem-me pela frincha da porta. E a aflição das folhas da laranjeira. E os dedos esqueléticos da figueira a lutarem com o vento. E o inverno no interior do corpo embora tanto calor no rosto. E a minha avó a insultar a gripe:

– Aquela cadela que não o larga!

O sono era um delírio com as cores da vigília em negativo. Só que o quarto não tinha paredes e a mesma imagem teimosa a repetir-se vezes sem conta: um rio de tintas escuras e eu a afogar-me, a afogar-me. Depois desapareceu tudo e passou uma eternidade. Ou um instante, tanto faz, quando se perde a noção do tempo.

Acordei.

E quando acordei, a cabeça tão leve, uma dorzinha de fome tão boa, os sons da rua a enfeitarem o silêncio, uma voz que se aproxima lentamente, tão lentamente, que passa e continua lentamente, tão lentamente.

As pessoas vão-se levantando e os ruídos da casa repentinos, estremunhados.

Alguma coisa mudou no mundo e não foi só a minha febre, a minha dor de cabeça, a preguiça que me dissolvia todos os músculos do corpo. Sinto uma lucidez que me vem de fora. Da luz que altera as cores do quarto, dos sons que parecem decididos.

Tudo parece ter um propósito qualquer.

Havia um ruído indeciso que desapareceu. Havia uma velatura amorfa que se dissolveu. Uma humidade pesada que enxugou, deixando a superfície das coisas nítida e sólida.

Mas a luz ainda húmida.

Um dedo da figueira toca na vidraça um código de morse a anunciar que algo alegre se aproxima.

Não havia mais música que o som da bigorna do Ti Zé e o perfilar das vozes que vinham todas do lugar e se dirigiam todas para o campo. Primeiro só algumas madrugadoras sem pressa, depois em maior número como um coro no compasso certo, e por fim as tardias que passavam quase a correr. Não havia mais música do que isso, e se houvesse seria demais, porque uma alegria amanhecia no corpo, uma euforia de festa que entrava com a luz da janela e que tornaria toda a música desnecessária.

A minha mãe à porta num júbilo de puérpera a ver-me despertar. A minha avó arrependida da imprecação da véspera:

– Aquela cadela! Que deus me perdoe.

O meu pai a aliviar da memória o agouro da pneumónica e a lutar com uma lágrima embaraçosa.

Em breve eu livre dos abafos e das portas fechadas. Em breve a corrida por entre as vozes dos meus pares como um coelho entre coelhos, como um pardal entre pardais.

Será que só retive o essencial ou era tudo verde? Recordo quando muito uns pingos de amarelo sobre o trevo, e umas erupções de púrpura na bungavília que enfeitava com as suas flores de papel o muro do Senhor Afonso Bandarra. Ali, eu sabia um ninho de pintassilgo. Sabia eu e o gato da Ti Maria Adôa.

Uma madrugada, os gravetos e a penugem no chão e uma pintassilga quieta num ramo. Uma comoção de pólen no nariz e lágrimas de alergia nos olhos; ou então, eu a entender o júbilo de puérpera da minha mãe.

Nada acontecia de especial em Aguim quando chegava a Primavera. Tirando o alarido chocalheiro do arraial de São José. Mas quando os coretos, desfeitos no chão em despojos de palmas e açucenas, davam a ideia que se travara ali um combate, regressava o sentimento de que todo o som era quase música, e que mais música seria de mais; a não ser, às vezes em dias muito especiais, quando o Sr. Manuel da Leonarda decidia acompanhar ao violino o concerto do Ti Zé na bigorna.

Nada acontecia de especial porque o Sol fazia a festa sozinho. Que tinha o Sol da minha infância que nunca mais o vi assim? Nascia mesmo por detrás do Monte Grande e já vinha em festa, e punha-se ainda alegre atrás da torre da capela. À noite apetecia dormir e de manhã apetecia acordar. Tudo estava certo na Primavera. Quase tudo: apenas o senão do pólen que me fazia fungar e chorar sem parança.

As cidades foram as amantes da minha vida: Coimbra, a mulher tricana de todos os meus dias, Lisboa, a promíscua, tão fiel de dia e tão infiel de noite. Hamburgo, a altiva com as suas cicatrizes de guerra a ensinar-me que há vida depois da morte. Mueda, a grande prostituta, onde desci ao mais baixo patamar da humanidade, que me levou quase tudo e que apesar disso me deixou, não sei em que parte de mim, um amor fatal e doloroso. E Aguim. Aguim, trigueira, tisnada do sol, elevada sobre uma colina para parecer mais alta, onde tudo o que há em mim nasceu. Nasceram as palavras na sua pronúncia um tanto abrupta no início das frases e cantada nas vogais finais, e, onde não havia vogais, a acrescentar um i. Nasceu a música. O violino velho do meu pai de onde só saía o som dorido da única corda sobreviva, e o milagre da metamorfose do ruído em música, quando em dias especiais o violino do Sr. Manuel da Leonarda transformava a bigorna do Ti Zé Sécio no mais glorioso timbale que se pode conceber. Nasceu esta minha fidelidade de rafeiro doméstico pelos meus amigos, que julgava tão poucos, e afinal muitos; tanto, que vão morrendo já e continuam meus amigos. E nasceu esta minha paixão de gato vadio pelos becos e pelos telhados, pela tessitura prolixa das cidades e pelo deslumbramento da Natureza; tanto quanto me lembro, desde que via o Sol a erguer-se por detrás do Monte Grande já em festa e ainda convalescente do Inverno.

Publicado por

Manuel Bastos

31 comentários a “As Quatro Estações em Aguim – 4

  1. Então por onde andam….????

    Como vão essas paixões conterrâneas!!??, andam mais presentes ou mais ausentes!!??

    Já alguém, do novo elenco arregaçou as mangas??

    Como estão as relações com o executivo Camarário?? Já foi conseguida alguma audiência com os responsáveis??, nomeadamente para se darem a conhecer ou para uma primeira abordagem oficial, etc… (Os pelouros já foram atribuídos), urge introduzir temas, fomentar e dar a perceber as necessidades concretas da Freguesia, solidificar conhecimentos geradores de confiança e saber quais as viabilidades possíveis para os projectos assumidos em campanha, anunciados/publicados em entrevistas.

    E os nossos Autores e colaboradores do Aguim.net!!??, não acredito que ninguém venha ao site verificar se existe novas entradas de mensagens!!! O que é feito do nossos introdutores de temas??? Já não existe veia impulsionadora de “Blogger's”!!???

    Não é necessário que sejam temas exclusivamente políticos!!! podem-no ser ou não, assim como poderiam retratar o quotidiano Aguinense ou até e porque não, o panorama Nacional, principalmente aqueles que nos afectam como comunidade.

    Espero que o Aguim.net, após experimentar mares revoltos, não se deixe embalar em calmas lagoas!!!

    PS: Caro Manuel Bastos, queira desculpar-me este "off-topic" postado no seu tema/trabalho apresentado, que tanto apreço merece. Quero que saiba que aprecio e respeito muito a sua maneira de estar, assim como as suas Obras.

    • Caro (ou cara 🙂 ) Xarope prá Tosse,
      Que me perdoem os muito cordatos, mas eu não morro de amores por consensos e desconfio de unanimidades. Eu gosto mesmo é de confusão, é a forma mais segura de garantirmos que se encontramos o nosso caminho, não foi por irmos atrelados a alguém.
      Se um texto meu pode servir para que a discussão não esmoreça, então terei pelo menos essa razão para continuar a escrever aqui.
      Que renasça a polémica!

  2. Caríssimos Xarope e Manuel Bastos:

    Denoto pelos discursos uma certa "necessidade" de agitação, de troca de ideias e debate intenso, enfim… de Democracia participativa.
    Todavia a época é de paz, de consumismo desenfreado num qualquer centro comercial e de preparar o Natal… Como se pode ver no largo do Sobreirinho pelo presépio!
    Concordo absolutamente com o Manuel quando se refere aos "muito cordatos", pois se assim fosse não haveria Freguesia de Aguim…
    Quanto à veia impulsionadora de blogger do Xarope (E acredite que a tem, pois muito se especula em torno da sua identidade…), e no que me toca como autor do Aguim.net, confesso que os meus escritos no meu blog pessoal são mais sobre actualidade nacional/ internacional, não posso por isso transpor para aqui essas opiniões, transfigurando o objectivo do blog Aguim.net como ponto de encontro e partilha de notícias e eventos locais.
    Aliado ao facto de o ultimo tópico que gerou alguma discussão foi levantado por mim, sem qualquer feedback por parte da Junta de Freguesia, onde a mensagem do Presidente continua inalterável!
    Todavia as questões que levantou acerca do novo executivo são extremamente pertinentes, quiçá merecedoras de um novo post…

    Cumprimentos

  3. __O senhor da tosse anda brincalhão, o senhor que passa tantas vezes no largo do Sobreirinho podia passear com as ovelhas,conversar com o pastor,enfim fazer qualquer coisa !!!!

    Abraço

  4. Caro Tiago já deverias saber porque os conteúdos do sitio da junta não são actualizados, mas pronto dou-te o beneficio da duvida.
    Mas mais cego é aquele que não quer ver …
    Xarope gosto de ler o que escreves, as vezes até quase que revelas a tua identidade, tem cuidado pois se te descais ainda sabem quem és, E olha pelo que tenho ouvido muita gente gostava de saber quem tu és.

  5. Caro eu mesmo (Soa estranho dito assim…)

    Não possuo dons de adivinhação, assim sendo não faço a mínima ideia do que se passa com o site da Junta de Freguesia, a não ser o que está à vista de todos.
    Mas visto que tem conhecimento de irregularidades por favor compartilhe com os demais, que eu agora fiquei curioso!

  6. Caros.
    Só não ve quem não quer, eles andam a tentar fazer algo pela freguesia é preciso ter alguma calma. É de ver o presépio que esta no sobreeirinho , quando lá passei a primeira vez já era de noite e quando vi aquela figura do pastor á primeira vista pensei que era o toino palhaço, e aquele poço com um balde da praia o cão dalmata ao lado do pastor, não entendo o seu significado no presépio

  7. “…pois muito se especula em torno da sua identidade…”

    “… pelo que tenho ouvido muita gente gostava de saber quem tu és…”

    Pois é meus amores, acredito que sim, não deverá ser assim muita mas algumas sim, não me choca esse facto, mas continuo a achar isso extremamente desnecessário e fútil!!!, acho que se anda a queimar tempo e neurónios em busca de algo que não resolve os vossos/nossos verdadeiros problemas, por outro lado consigo compreender muito bem essa avidez, pois a curiosidade sempre foi uma característica da espécie humana (e ainda bem) e como se trata de algo curioso e inconveniente ou conveniente, conforme o ponto de vista, o leque de “curiosos-fãns” torna-se ainda maior, logo, mais curiosa se torna a curiosidade, tudo normal e bastante previsível, nada a apontar portanto. (típica reacção causa/efeito).

    Já aqui disse e volto a repetir, na minha óptica, o nome próprio não interessa muito, mas pelos vistos o desejo em desvendar por parte de alguns, é mais forte, relativamente ao que interessa na realidade. Não respondo nem comento neste site, a pensar em holofotes efémeros, assim como não pretendo saciar alguns desejo necrófagos, muitos desses comportamentos assemelham-se a narinas farejantes, como aquelas que se movem inconscientemente em torno de uma fragrância, apenas para descobrir ou identificar quem é ou o que a produz, a isso chama-se reacção involuntária que é enviada pelo cérebro para promover os instintos controladores, em fim funciona como uma segurança em proveito próprio, o pior é quando utilizamos isso voluntariamente ou até obsessivamente, ficamos quase cegos, sem nos focarmos no real valor da mensagem e no que podemos retirar dela.

    Queridos conterrâneos, não levem a mal o Xarope pra tosse, até porque não conheço nenhum diagnóstico em que pequenas doses de Xarope pra tosse, bem administradas, tenham originado dores de cabeça a ninguém.

    Quanto ao Site da Freguesia, acho que foi criado um impasse (não é que seja um grande problema, mas ficava bem, se fosse resolvido), em que o Sr. Rúben e o Sr. Tiago Mouta, penso que não há dúvidas para ninguém, que estamos perante, actual responsável e ex-responsável respectivamente, pela página da Junta de Freguesia de Aguim, conseguiram criar uma espécie de pseudo-burocracia online, em que todos os que aqui lêem percebem que o problema depende dos dois, mas na verdade, os dois não conseguem ter a coragem necessária para se convidarem mutuamente e se reunirem civilizadamente, para fazer o que é e foi o seu dever respectivamente, enquanto esta má vontade imperar, a página que é NOSSA e não só vossa (dos dois), encontra-se no estado que todos sabemos, fica por isso, aqui o repto para que os dois “meninos” trabalhem pelo interesse da comunidade e resolvam o problema de uma vez por todas, e coloquem a pagina a funcionar como deve ser, pois é para isso que ela existe. Adiante….

    Quanto ao Sr. Termómetro, penso que anda enganado em toda a linha, depois daquilo que me disse, o Xarope em relação a si, nem é nada brincalhão, mas gostei do desafio…então cá vai….

    Quem lhe disse a si que eu não falo com as ovelhas e com o pastor??? Essa é boa Sr. Termómetro!!!

    Quero que saiba que já observei muito bem o rebanho e o pastor…, e posso adiantar-lhe que é um rebanho mais ou menos igual a tantos outros, tem ovelhas que pastam bem sozinhas e outras terão de ser guiadas, algumas por terem “sinito” podem destabilizar pelo seu orgulho mas nada que não se resolva, quanto ao pastor, espero que não seja igual a tantos outros, que as saiba orientar e que se possível ande à frente delas e não a reboque do passo das ovelhas, pois o prado é longo e vai haver alturas, em que só as ovelhas não chegam para levar avante o objectivo e o bem estar do rebanho.

    Quanto ao Sr. “Noturno” o seu pseudónimo dá que pensar, seria (Nocturno) ou (No turno [1/2 noite ás 8!! Por ex.]) ou então já está aplicar o novo acordo ortográfico e suprimiu o “c”.

    Caro Noturno, em relação ao que disse, quero que saiba que não me identifico com a personagem nem com o papel do “Velho do Restelo”, pois este era demasiado pessimista e desencorajador, o Xarope não é assim, apenas tem uma visão pragmática, demonstrando-se por isso interessado, realista e pouco tolerante a um possível laxismo, apenas foi uma maneira de perguntar como andam as coisas, mas compreendo o seu ponto de vista, apelando à benevolência, espero é que você consiga ver outros pontos de vista, para poder ajustar ou até melhorar o seu, apareça mais vezes, gosto desse ton calmo (q.b.), politicamente correcto, assim como a caracterização bem disposta que fez do Presépio.

    • Boas Sr Xarope , como verifiquei esta frase ( Caro Noturno, em relação ao que disse, quero que saiba que não me identifico com a personagem nem com o papel do “Velho do Restelo”, pois este era demasiado pessimista ) que penso era dirigida á minha pessoa penso que se enganou, nem sequer no meu comentario do presépio falei no seu nome , ou será que esta a fazer trocar as ideias que falamos no dia que andavam a fazer o presépio quando vinha ao meu lado de carro . Isto sou eu a tentar descobrir quem será, visto que algum tem 55% de queé eu penso já ter passado esses valores.
      Bom Natal

  8. Caro Xarope pra tosse:

    Permita-me discordar inteiramente do seu discurso, a curiosidade acerca da sua identidade não é factor motivador para mim… Apesar de me terem abordado questionando acerca da sua real identidade, é algo que em nada acrescenta (ou diminui!) valor ao seu contributo na blogosfera!!!

    Antes demais sou amigo do Rúben e peço-lhe encarecidamente que se quiser explicar a sua versão dos factos o faça, de modo a desfazer qualquer situação menos clara e por forma a que todos percebam em que pé estamos, é que o Sr. Xarope quer passar a ideia que existe algum tipo de inimizade entre mim e o Rúben, o que é de todo falso!

  9. O site foi criado durante a Feira do Vinho e da Vinha, portanto em Junho de 2009, fiquei encarregue de inserir alguns conteúdos e em Setembro (antes do periodo eleitoral) devolvi um pequeno manual que continha as passwords ao ex presidente da Junta, o Sr. Vitor Timóteo, ou seja, a minha responsabilidade para com o "serviço público" do site acabou em Setembro de 2009!
    A partir daqui nada sei acerca dos destinos do site, a não ser o facto das passwords que eu tinha serem alteradas (o que eu concordo plenamente!).
    Escrevi o post acerca do site por achar que o novo executivo estava na posse de todo o material e não procedia à plenitude das actualizações…

    Portanto caro Xarope não há impasse "pseudo burocrático", nem há "má vontade" e obviamente pode concluir que a resolução desta situação em nada depende da minha pessoa,
    Portanto o meu desconhecimento acerca do assunto é tão grande como o seu, não quero é ver que perdi tempo em vão e que aquilo que poderia ser uma boa ideia não tem continuidade!

  10. Xarope pra Tosse,

    tratá-lo(a)-ia por amigo(a), soubesse eu de quem se trata, por ser adjectivo que reservo a poucos(as). Fiquemo-nos, pois, pelas formalidades. Se preferir, na próxima intervenção posso sempre iniciar por um “mui” formal “Excelentíssimo(a)”!

    O instinto que conduz alguém a tentar desvendar um anónimo não é muito diferente daquele que faz alguém esconder-se no mesmo anonimato. Muitas das vezes é importante não só aquilo que é dito, mas também quem o diz, para percebermos a motivação que está por detrás de tais palavras, e é por isso que a mesma frase, proferida por pessoas diferentes, nos leva, não raras vezes, a diferentes interpretações.

    Vejamos a questão do défice do orçamento de estado: se Governo e Oposição ambos disserem que é de 8%, o mais provável é termos o Governo a prever um défice de 10% e a oposição a antever outro de 6%. Opiniões concordantes, motivações divergentes.

    Entre todos os “anónimos” do blog, você conseguiu um estatuto especial, por ter mantido uma posição muito neutral e equilibrada desde o início dos mais acalorados diálogos políticos. Outros, mais lambareiros, deixaram as suas opiniões serem atropeladas pelas próprias motivações, o que conduziu ambas, opiniões e motivações, para o fundo de um saco roto.

    Não quero, de modo algum, dizer que você tem motivações escondidas por detrás das suas afirmações – aliás, já conseguiu criticar e elogiar o actual e o anterior executivos da nossa Junta de Freguesia, pelo que demonstra um espectro político pouco apegado às pessoas e às cores locais, o que, sendo raro, será sempre de salutar.

    Mas, e retornando à questão do anonimato, julgo que o mesmo até tem acrescentado uma dimensão de “mistério” a este blog e até adivinho um certo divertimento que isto lhe deve provocar, caso contrário já teria utilizado outros pseudónimos. Pela minha parte, julgo que acrescenta “algo” ao blog e assumo-me, sem qualquer tipo de complexo, como um dos curiosos…

  11. " M I S T É R I O " muito bem Sr. Joel !!!

  12. Em primeiro gostava de esclarecer que não foi da minha autoria o curto comentário:

    “" M I S T É R I O " muito bem Sr. Joel !!!”

    Para imitar o Xarope não lhe basta usar o nome, deve ser outra variante mais fraca de Xarope, até
    porque nunca tive uma intervenção tão curta e vaga., adiante….

    Caro Joel, quero que saiba que me pode tratar como quiser. O pseudónimo que utilizo é Xarope pra tosse, nada mais simples. Quanto a si, tratá-lo-ei de igual modo, como quando me refiro aos demais intervenientes do Aguim.net .

    Quanto a frase, que deixou:

    “O instinto que conduz alguém a tentar desvendar um anónimo não é muito diferente daquele que faz alguém esconder-se no mesmo anonimato”

    Devo dizer-lhe que a frase até soa bem, mas quando é analisada em profundidade e não na diagonal, como muitos lêem o que aqui se escreve, pode ter varias interpretações, as quais não caracterizam bem a minha posição, assim sendo, quero que saibam, que eu não utilizo o anonimato por instinto ou derivado a ele, neste caso não existe instintos nem nenhuma força maior, utilizo-o simplesmente por opção, assim como tantos outros que aqui escrevem, o Xarope apenas difere dos outros, porque alguns cada vez que intervêm no Aguim.net, utilizam um pseudónimo diferente, e no caso do Xarope aparece em princípio, sempre com o mesmo pseudónimo, o que permite observar a seu histórico, claro que também tenho consciência que o conteúdo das intervenções também conta, alias exemplo disso foi esta ultima intervenção que a pessoa utilizou a mesmo pseudónimo que eu, como vê os nomes não importam, provavelmente no futuro terei que utilizar um diferente cada vez que quiser dizer algo. (acho que é bastante claro).

    Quanto aos benefícios pessoais, são nenhuns, um Xarope sempre foi um Xarope, não vai ser mais nem menos Xarope por causa disto, quanto a diversão, não escrevo para me divertir nem para divertir os outros, o que não invalida o uso de algum humor, o que é totalmente diferente, talvez essa é que seja uma das nobres causas, pois o panorama que atravessamos está longe de ser uma diversão, e por isso é que vozes como a minha, assim como de alguns jovens caso do Sr. Tiago Mouta e outras mais que se possam aproveitar, devem sentir que tem um papel diferente para com a Sociedade, e você se sentir que tem voz, se consegue retirar mais informação dos textos do que simples retaliação e inconveniência, se você se actualiza e tem opinião, se tem atitude e ideias, porque não dar o seu contributo.

    Agora também lhe quero alertar para um pormenor, releia e interprete bem o que eu lhe vou dizer, caso o poder da sua voz venha a revelar-se grande, cuidado com a “Fagocitose” provocada por grupos denominados independentes e dependentes da política, fique a saber que cada vez que o Sr. Joel escrever aqui ou em outro lado, pela forma como escreve, apresentando tendências ou não, será incontornavelmente alvo de cobiça, esse simples assédio em princípio, não servirá para mais do que compromete-lo e condiciona-lo. Pense nisto…..

    Já agora gostava de saber a opinião do Sr. “Eu mesmo” em relação à última intervenção do Sr. Tiago Mouta, e já agora Sr. Joel se não for pedir muito a sua também no contexto geral do tema.

  13. Pelo que tenho vindo a observar deste xarope, é uma pessoa inteligente e culta, mas é de lamentar não estar em nenhuma lista das ultimas ileiçoes….( não esteve porque não quis, sabes bem do que falo)
    Cá para mim tem um problema com os jovens da lista vencedora,é que a sua juventude ja passou e nunca foi preciso xarope nas listas!!!
    Xarope tu com essa cultura que tens penso que darias um bom presidente de junta …..
    Como é possivel tanta especulação em redor do ( BISOLVOM )

  14. Caros Joel e Xarope:

    Compreendo a curiosidade do Joel e dos demais acerca da identidade do Xarope, a psique humana tem destas coisas…
    Mas se atendermos ao facto que navegamos num mundo virtual eu poderia ser qualquer pessoa utilizando o nome de Tiago Mouta, o que torna a questão do pseudónimo/ anónimo irrelevante!
    Para quem escreve com alguma regularidade, existe sempre um cunho pessoal na sua escrita, uma espécie de marca de água que a torna inconfundível e difícil de reproduzir pelos demais, aí reside a diferença entre o Xarope e os demais anónimos… Depois como vivemos num meio pequeno, puff…! fez-se o Chocapic… e todos querem a identidade do Xarope!

  15. Relativamente ao fenómeno de "Fagocitose" preconizado pelo Xarope, é talvez a parte mais agridoce de escrever livremente assinando o nome…
    Se por um lado podemos com toda a transparência assumir uma posição face a um qualquer assunto, facilmente poderemos ser condenados/ prejudicados por essa mesma opinião, pela parte de entidades "menos democráticas", desagradadas com a nossa opinião…
    Veja o Presidente da Junta de Arronches, um advogado que proibiu por edital que o executivo da Junta tivesse qualquer tipo de comunicação com alguns membros da freguesia, totalmente antidemocrático em pleno século XXI!
    Vivemos em plena Era da informação/Comunicação, devemos aproveitar esse factor como um desenvolver de consciência da sociedade civil e expor opinião, sugestão, participar constructivamente, apontar falhas e louvar triunfos, mas sempre com a consciência no bem comum!

  16. Acerca das questões centrais, penso que foram levantadas por si, caro Xarope…
    Passo a citar, Xarope dixit:

    "Como vão essas paixões conterrâneas!!??, andam mais presentes ou mais ausentes!!??

    Já alguém, do novo elenco arregaçou as mangas??

    Como estão as relações com o executivo Camarário?? Já foi conseguida alguma audiência com os responsáveis??, nomeadamente para se darem a conhecer ou para uma primeira abordagem oficial, etc… (Os pelouros já foram atribuídos), urge introduzir temas, fomentar e dar a perceber as necessidades concretas da Freguesia, solidificar conhecimentos geradores de confiança e saber quais as viabilidades possíveis para os projectos assumidos em campanha, anunciados/publicados em entrevistas. "…

    Estas foram as questões centrais a que ninguém ainda respondeu! Agradecia aos participantes que o fizessem (ou tentassem!) fazer!

    Saudações Democráticas

  17. Vale sempre a pena reparar nestas coisinhas…
    Depois de ter mencionado o facto da página da Junta de Freguesia de Aguim não ter a mensagem do Presidente actualizada (salvo foto e nome!), eis que a mesma à data já foi rectificada… Prezo em saber que afinal há vozes que fazem eco e que a mensagem chegou a bom porto!
    Aconselho a todos lerem as palavras do novo presidente, um discurso interessante, que louva as gentes de Aguim, a cultura democrática, a Lagoa do olho, renegando participações anónimas e falando de paz entre todos "quase" preconiza potenciais falhas governativas do novo executivo da Junta de Freguesia de Aguim, como responsabilidade do Prof. Litério Marques, justificando-se assim com alegada "má vontade" da Câmara de Anadia para com Aguim!
    No meu entender começa bem o clima de paz…

  18. Xarope pra tosse,

    “eu não utilizo o anonimato por instinto ou derivado a ele, neste caso não existe instintos nem nenhuma força maior, utilizo-o simplesmente por opção”

    são precisamente as razões desta opção que podem vir a ser o factor mais interessante no meio de tudo.
    Se já o congratulei pela sua aparente independência política (“aparente” porque as palavras, quando escritas, são mais controladas e a identidade é omitida), analiso a outra face da mesma moeda.
    Fosse esta conversa num qualquer café ou num qualquer largo do nosso lugar/aldeia, qualquer pessoa tem um peso e uma importância relativa que se justificam pelo seu passado, que, no caso em que se fala, é obviamente o político. Vou assumir que concorda comigo nisto, quando afirma que o pseudónimo “Xarope pra Tosse” é diferente dos demais anónimos porque a sua utilização repetida “permite observar a seu histórico”.
    Basicamente, pode-se deduzir que o pseudónimo “Xarope pra Tosse”, pelas suas intervenções, pela sua coerência e pelas suas opiniões, já criou uma identidade. Parece um contra-senso algo “anónimo” criar uma “identidade”, mas talvez não seja assim tão descabido…

    Mas, imagine agora: se houver um Benfica – Sporting com um penalti duvidoso, certamente não vou pedir segunda opinião a um benfiquista ou a um sportinguista. Isto parece lógico, mas o maior perigo é pedir uma segunda opinião a um anónimo: debaixo dum manto de antecipada imparcialidade, pode estar o mais visceral adepto de um dos clubes em causa, tornando a emenda pior que o soneto…
    Do mesmo modo, não me interessa muito ouvir os apaniguados da lista 1 a criticar os seus homólogos da lista 2 (chamem PSD e PS à lista 1 ou à 2, como quiserem, porque na política, como na guerra, não há inocentes…): o mais provável, quando há antagonismos tão vincados, é ouvirmos meia dúzia de verdades (“meia-dúzia” é uma hipérbole!) temperadas com demasiados condimentos de ficção (e isto é um eufemismo), em função daquilo que se pretende (e que muitas vezes é apenas instalar a confusão e a contra-informação!).

    Tudo isto para concluir que tão importante como aquilo que se diz, é quem o diz.

    E é por isso que há um instinto natural de colocar “uma face” no anónimo, porque todos nós podemos dizer aquilo que quisermos (louvada liberdade de opinião!), mas os outros – que não são anónimos – têm que ter um factor que não acresce aos anónimos: a responsabilidade por aquilo que dizem.
    Como você já viu, apareceram muitos anónimos, no período eleitoral, com comentários insultuosos e afirmações injuriosas que não teriam a coragem de suster, caso tivessem que se identificar. O instinto alheio de “desmascarar” um anónimo mais não faz do que torná-lo responsável pelas suas afirmações.
    Não é por acaso que cada vez temos mais debates televisivos com comentadores “pseudo-independentes”, com posições importantíssimas nos partidos onde estão filiados: é que eles, enquanto “comentadores independentes”, conseguem fazer passar uma mensagem que não conseguiriam passar enquanto “filiados politicamente”…
    Você valorizou a mensagem em detrimento do mensageiro, enquanto eu apenas procurei atribuir igual valor aos dois.

    É nesta questão da identidade que se esconde o maior problema do anonimato – imaginemos que algum dia, nalguma discussão mais acalorada, o assunto fica demasiado bi-partido: pela imparcialidade demonstrada até ao momento, será de todo uma boa medida ouvir o que “Xarope pra Tosse” tem para dizer: esperemos, nesse dia, que a imparcialidade demonstrada até à data se mantenha. Pior mesmo, será se ela desaparecer, porque entre todo esse manto de anonimato, ninguém o vai saber…

    Este texto, lido na diagonal, pode ser entendido como uma crítica: não o é, nem é esse o seu objectivo. É apenas uma outra perspectiva, uma reticência…

    “vozes como a minha, assim como de alguns jovens caso do Sr. Tiago Mouta e outras mais que se possam aproveitar, devem sentir que tem um papel diferente para com a Sociedade, e você se sentir que tem voz, se consegue retirar mais informação dos textos do que simples retaliação e inconveniência, se você se actualiza e tem opinião, se tem atitude e ideias, porque não dar o seu contributo“

    Com alguma presunção à mistura, consegue colocar a sua voz acima da voz dos outros e valorizá-la relativamente à dos outros.
    Eu, que não tenho feitio para “yes-man”, nem para andar a aplaudir ou idolatrar quem quer que seja, reservo os meus comentários para quando discordo de algo que foi dito ou feito. Se não tiver nada a acrescentar, então fico calado, como tenho feito. Afinal, se não tiver nada a acrescentar, para quê falar?, só para fazer barulho? Número?

  19. Quanto ao site, falei uma vez e expressei algumas ideias acerca de algo mais que poderia ser feito com o site. Quanto à questão da mensagem de apresentação, pode-se chafurdar neste assunto quanto se quiser, e eventualmente nunca chegaremos a saber quem tem razão. O próprio Tiago afirma: “Escrevi o post acerca do site por achar que o novo executivo estava na posse de todo o material e não procedia à plenitude das actualizações… “ – note-se que o próprio “acha”, logo, não tem a certeza (de quem está na posso dos documentos)…
    Ou se fala directamente com o actual e anterior Presidentes da Junta, ou então estamos a falar para o ar.
    Em jeito de nota pessoal, quase que apostava que mesmo falando com ambos (os Presidentes…), vamos ter opiniões divergentes e vamos ficar na mesma…
    Assim, prefiro guardar o meu tempo para assuntos mais proveitosos. E mais interessantes, também: este tema da mensagem no site faz-me lembrar algumas discussões anteriores, às quais não achei interesse e, como tal, abstive-me de dar a minha opinião. Se aqui me alongo, é mais do que desejava.

    “caso o poder da sua voz venha a revelar-se grande, cuidado com a “Fagocitose” provocada por grupos denominados independentes e dependentes da política, fique a saber que cada vez que o Sr. Joel escrever aqui ou em outro lado, pela forma como escreve, apresentando tendências ou não, será incontornavelmente alvo de cobiça, esse simples assédio em princípio, não servirá para mais do que compromete-lo e condiciona-lo”

    A minha voz não tem nenhum outro poder oratório que não expressar as minhas ideias e opiniões, quando estão certas e quando estão erradas. Não expressa opiniões/ideias de intermédias pessoas/grupos, nem deixa de expressar opiniões/ideias que se assemelhem com as de outras pessoas/grupos. Digo o que penso, mesmo estando errado, porque reservo a possibilidade de me enganar. Se alguma vez ficar condicionado, não será nem conscientemente, nem deliberadamente, pelo que estou certo de que não me tentará incluir em nenhuma das suas anteriores analogias agro-pecuárias…

  20. Tiago,

    a mensagem do Presidente da Junta não é mais do que um discurso de tomada de posse. O local pode não ser o mais apropriado, mas o conteúdo não é ilógico atendendo ao contexto histórico da relação entre os actuais Presidentes da Junta e da Câmara Municipal… É pena, no entanto, que sendo o discurso já de si longo, tenha sido repetido duas vezes! O “copy-paste” tem destas tropelias…
    Relembro ainda que vivemos num país um tanto ou quanto democraticamente mesquinho, onde os concelhos não alinhados politicamente com o Governo são prejudicados em termos de financiamento, e que o mesmo se passa entre Câmaras e Juntas de cores políticas divergentes…

  21. Quiçá dirigido por algum sentimento saudosista, o site da Câmara Municipal de Anadia também ainda não fez a actualização do actual executivo da Junta de Freguesia de Aguim.
    http://www.cm-anadia.pt/index.php?option=com_content&amp...
    Curioso é, no entanto, que a composição da Assembleia Municipal já tenha sido actualizada, bem como a mensagem do respectivo presidente:
    http://www.cm-anadia.pt//index.php?option=com_content&am...
    http://www.cm-anadia.pt//index.php?option=com_content&am...
    Até que ponto faz sentido o discurso do Presidente da Junta de Freguesia de Aguim? Teremos que esperar para ver…

  22. Caro Joel:

    Faz tanto sentido como o Obama ganhar o nobel da Paz e mandar mais tropas para o Afeganistão…
    Se quer paz e não a teve no passado, não é a atirar "pedradas" que chegará à almejada paz… Claro que o conteúdo não é ilógico se atendermos ao passado, mas é, sem dúvida, absolutamente desnecessário!
    Realmente posso confirmar que o executivo da Junta de Freguesia de Aguim, ainda não foi actualizado no site da Câmara de Anadia, mas vistas bem as coisas, basta mudar dois nomes e a actualização está feita…

  23. Caro Joel,

    Já deve ter desesperado pela resposta do Xarope, mas tenho tido alguns entraves no sistema e os computadores quanto mais novos são, parece que pior é o seu desempenho. adiante…

    Parece-me a mim que no meio deste discurso todo e quanto a divulgar a identidade ou uma “face”, aparentemente o que mais lhe “interessa” a si, eu continuo a afirmar que é o que menos valor tem para mim, para mim as intervenções valem por elas, assim sendo, “nunca” será possível você ficar totalmente satisfeito, no meu caso não será uma questão de satisfação mas sim chegar a um possível consenso com todos os que aqui escrevem, como você não é o único a reivindicar esse discurso, o que lhe posso dizer para o confortar é que, é apenas mais um, no meio de alguns, que mostraram não gostar de anonimatos. (quanto a este assunto não tenho mais nada a dizer, alias você já era conhecedor da minha posição, com mais retórica ou diferente argumentação, disse o mesmo que os outros, que o precederam nesse mesmo assunto, ou seja não trouxe por isso, nada de novo), mas se sentir mesmo que isso é fundamental para si e para o Aguim.net, eu devolvo a mesma resposta que já dei a outros, aconselho-o a falar com o Sr. Zé Cipriano e pode ser que consiga que ele não permita os anónimos de colocar mensagens, acho que será mais fácil e eficaz por essa via, do que conseguir convencer todos os anónimos que aqui escrevem, assim conseguia-se acabar com o Xarope e com os outros todos, resolução óbvia e eficaz do assunto, além do facto de ser repetitivo e maçador para os demais leitores, estar sempre a ler e a escrever sobre este mesmo assunto.

    Se não conseguir isso, tem sempre a hipótese de se conformar parcialmente com a ideia, o que já não é, de todo, propriamente mau. adiante…

    Quando diz:
    “….discussão mais acalorada, o assunto fica demasiado bi-partido….”

    “…será de todo uma boa medida ouvir o que “Xarope pra Tosse” tem para dizer…”

    Você neste e em quaisquer outros assuntos/casos, ouve quem quer e só dá interesse a quem quer e aquilo que quer, pelo menos é assim que eu faço, alem disso não se esqueça que isto é só um “fórum” e como tal, tem mais ou menos valor, consoante o valor que cada um lhe atribui.

    Quando diz:
    “…Com alguma presunção à mistura, consegue colocar a sua voz acima da voz dos outros e valorizá-la relativamente à dos outros… “

    Por acaso, deixe-me dizer-lhe que esta frase deriva de uma má interpretação da sua parte, ou então isso não foi por engano, mas sim por maldade e você é que se conhece a si próprio, faça por isso o seu exame de consciência, a sua reflexão levou as coisas para o lado que lhe convinha e conferiu azo a completar o seu paragrafo final a gosto, sendo assim convido-o a si e a todos que queiram, a reler o parágrafo que eu escrevi na íntegra e a contextualizar o excerto que você retirou/usou. Se você reler todas as mensagens e as propostas que alguns autores fizeram a fomentar a participação de opiniões ex:(O que mudou.. mesmo mesmo?, do Sr. Manuel Bastos), as únicas pessoas que expressam alguma opinião mais construtiva e assiduamente, nesse e em outros temas, é o Xarope e o Sr. Tiago Mouta, foi nessa linha que eu disse percebe!!! e se o Sr. Joel entender que o deve fazer também, se acha que é capaz, também o pode fazer, assim como qualquer outra pessoa, como também pode, como o Sr. Joel disse e muito bem “Se não tiver nada a acrescentar, então fico calado”, tomara o Aguim.net ter mais comentadores. Mas voltando ao tema, o maior presunçoso foi o Sr. Joel, facilmente se percebia pelo contexto, que eu não pretendo valorizar-me, pois sou Anónimo, já o Sr. Joel, com essa presunção e manipulação de ideias consegue-o fazer plenamente, mas salvaguardando-se sempre e dando a entender que não (aquela coisa do protagonismo involuntário, fica bem…), pode ser que perante alguns consiga cativar esse agrado, ou então servir-lhe-á como fomento do seu ego pessoal…, as interpretações tem esse poder sublime, qualquer mente é livre de pensar o que quer, além disso não sou eu que me valorizo e você até tem que concordar comigo, pois está a revelar-se bastante ingénuo quando afirma isso, você e outros como você é que o fazem acontecer….já parou pra pensar nisso 😉

    • Xarope,

      nem vou comentar a do computador avariado (já o fiz…!), mas a esta não resisto: sendo eu “o” desesperado, é curioso que você tenha sentido necessidade de apresentar uma explicação para a sua demora na resposta…

      Quanto à questão da identidade:
      – a “accountability” não impende aos anónimos como aos demais, por isso, de cada vez que eu for ler um comentário anónimo, tanto posso ler uma grande verdade, como uma grande mentira, porque no fundo não há ninguém a arriscar o seu bom nome como suporte das suas afirmações. É, por isso, preciso algum distanciamento na análise dos comentários anónimos. Eu, no meu caso, tenho “tendência” a desvalorizar, mas cada um fará o que bem entender.

      E por muito que você queira fazer transparecer essa ideia, não o incentivei, em momento algum, a quebrar o seu anonimato. Esteja à vontade para reler todos os meus comentários.

      Quanto à questão da presunção, “presunção” não é mais do que “ter-se em boa conta”, e foi precisamente isso que você afirmou:
      “vozes como a minha, assim como de alguns jovens caso do Sr. Tiago Mouta e outras mais que se possam aproveitar”
      “as únicas pessoas que expressam alguma opinião mais construtiva e assiduamente, nesse e em outros temas, é o Xarope e o Sr. Tiago Mouta”
      Assim, de repente, pareceu-me uma auto-avaliação em voz alta. Qual juiz em causa própria, as suas opiniões são construtivas. As do Tiago também. As dos outros parece que não…
      (estou a pensar, a partir de hoje, subscrever os meus textos segundo o pseudónimo “o Destrutivo”…)

      Apesar da conotação negativa da palavra “presunção”, a mesma não é, no fundo, mais que uma pequena vaidade… Pelo número de vezes que o “Xarope” fala no próprio “Xarope” na terceira pessoa, ao bom estilo de Mário Jardel, aproveitando para enaltecer as suas opiniões e intervenções, não me parece que eu ande muito longe da verdade…

      “Se não tiver nada a acrescentar, então fico calado”
      Posso repetir, se quiser. Eu não sou desse tempo, mas reza a História que em todas as ditaduras era permitido concordar, aplaudir, enaltecer – a grande conquista foi a capacidade de crítica e a pluralidade de opiniões.
      É por isso que ser mais um a dizer a mesma coisa não me é particularmente motivador e é também por isso que lhe dedico mais tempo a si do que aos outros, porque discordamos. Porque se todos concordássemos, e todos os dias aparecesse mais gente a concordar, o blog ia ser tão animado como a missa do Padre Vilarinho…

      Será, pois, na discórdia que reside a força do blog…
      (não por acaso, os temas mais comentados são sempre políticos…)

  24. Estava dificil a reparação do pc, ja tinhamos saudades do xarope!!!!!!
    Porque sem xarope isto não tem interesse…….
    Já agora, foi o xarope que cortou a barba ao pastor do presépio?
    A cerca de uma semana ele tinha a cara preta, agora tem branca!!!!!!!!

  25. Não foi reparação querido, era mesmo a net ou a pag., meu amor.
    Quanto à suas especulações, não tenho conhecimento do que fala, a serem verdade, não me revejo nesse tipo de atitudes!!!
    Quanto as saudades, se calhar pode estar sujeito a senti-las mais frequentemente…vamos lá ver.

    • Caro Xarope pra Tosse:

      Muito me entristecia se deixasse de escrever por estas bandas… Além de ter perdido alguém com evidente capacidade argumentativa, ficaríamos no Aguim.net mais pobres sem o seu contributo!
      Aconselho porém a ter algum cuidado com a sua escrita, pois algumas expressões que utiliza são deveras reveladoras da sua identidade (especialmente para quem o conhece pessoalmente!!!), tenha por isso especial atenção se pretende continuar no anonimato…
      Se depender de mim, o Xarope pra Tosse continuará no anonimato para todo o sempre…

      Cumprimentos (sempre) Democráticos

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