No Cais do Sodré um sem-abrigo dormita de mão estendida. O braço direito esticado e apoiado sobre o joelho. Um boné sebento na mão diz a quem passa: “Dêem qualquer coisinha”. Dormita, porque é difícil manter os olhos abertos à indiferença humana. Na esquina da rua, uma porta diz a quem passa: “Dormidas”. Em frente […]