A.R. Aguinense – Bate, Canta e Pula
A A.R. Aguinense foi fundada a 16 de Abril de 1959 e comemora hoje 50 anos de existência. Desde a data da sua fundação nunca cessou actividade, coisa rara na região, e por isso pode ser considerado um dos clubes históricos da Bairrada e até do distrito de Aveiro. O dia de hoje foi assinalado com uma salva de 21 tiros e com gaiteiros, os Seca-Pipas, de Aguim.
Parabéns ao Aguinense por esta data histórica!
Por volta de 1947, foi criado o Grupo Desportivo Aguinense (com o símbolo do sol e alcachofras na camisola) constituído por grande parte de jovens aguinenses, mas também um número significativo de rapazes da Curia e de Anadia. Dedicava-se ao futebol e equipava com camisola amarela e calção azul (influência do Brasil ou do Estoril Praia?). Era, sobretudo, um grupo de amigos, que se juntavam para disputar torneios, cujas despesas corriam a expensas de cada um. Em 16 de Abril de 1959, constitui-se a Associação Recreativa Aguinense – ARA – que equipava de preto (à semelhança da Académica de Coimbra), com alguns rapazes que estudavam em Coimbra. Por essa época , revitalizou-se o Grupo Desportivo Aguinense, que tinha caído numa certa modorra, ao que supõe, por a sua direcção não ter aceite a entrada de algumas pessoas. Era constituído por gente menos jovem, dirigidas por António Gilberto Mira (filho).
As divergências agudizaram-se quando a ARA realizou tentativas para conseguir o antigo campo de jogo (hoje, uma vinha situada na estrada de Vale de Cid), enquanto o GDA o tinha garantido, uma vez que nunca deixara de pagar a renda. A questão resolveu-se, quando Afonso Ramos Bandarra, ferrenho sócio da Académica, ofereceu um terreno para o campo de jogos ARA.
Nasceu assim a rivalidade entre “os pretos” e “os amarelos”. O GDA teve uma actividade curta, mas frutuosa (ganhou, por exemplo, ao Grupo Desportivo da Mealhada, por 3-1, sendo este um grupo de escalão superior e de outra dimensão). Extinguiu-se finalmente em 1961. O ARA aguentou-se e acabou por aglutinar os aguinenses: alargou as dimensões do seu recinto de jogos, com o contributo de pessoas como António dos Santos, na época a residir em Moçambique e as famílias dos Drs. José Rodrigues e António Manuel Simões Faria.
A actividade desportiva da ARA tem sido intensa e importante, não apenas no futebol, sénior e juvenil, como no atletismo, mas o seu historial fica para outra oportunidade.
J. Cerveira Lagoa, in Aqua Nativa n.º 6, Julho 1994
Julia Ferreira
27 de Maio de 2011 às 20:25
Gosto de ver a aldeia que me viu nascer à 55 anos estar na intrenet.
Sou neta do sr Mariano Lagoa que residia na casa amarela da rua da loja que jávi e está muito bonita.Foi feito um belissimo trabalho de freconsgtrução.
Já como Guinata não posso dizer o mesmo da casa onde nasci e se tornlou um centro comercial que me recusa a ver.