Diziam que um dia o roubaram. Diziam que um dia o resgataram. Os velhotes contavam coisas sobre ele como se se tratasse de um velho amigo. E contavam sempre como se fosse a primeira vez. Não para ensinarem nada, mas porque mastigar as palavras dava gozo.
Ouviam-se uns aos outros à porta de uma taberna, só para terem a certeza que o tempo não tinha parado. Tal qual como faziam ao ouvir o sino. E ele, chegando a altura, dava as horas, duas vezes para os distraídos.
E a hora chegou, foram embora. O tempo passou num instante.